sábado, 26 de março de 2011

"Facturação ao minuto" para travar a fuga aos impostos



Manuel Londreira de 48 anos e
Vitor Dias de 50 anos são amigos
de longa data. Um certo
dia, Manuel apareceu junto
a Vítor com uma ideia “maluca”,
como muitos lhe chegaram
a dizer. Perguntou-lhe o que achava e foi
recebido com um levantar de sobrancelha. Projecto
interessante, mas que tocava num assunto
quente e polémico: fraude fiscal. Mesmo assim, a
invenção de Manuel Londreira avançou e ganhou o nome de EquidadeFiscal/
Social.
“Todos os dias se gasta dinheiro, paga-se o
IVA ou, pelo menos, você acha que o IVA é pago
sempre que compra um café”, avança Manuel.
Mas depois de sair de um café, restaurante,bomba
de gasolina, por exemplo, já não poderá ter
certezas de mais nada a não ser da factura que
pagou. Com talão ou sem talão há sempre quem
procure e consiga fugir ao fisco.
O inventor português, a trabalhar em São
João da Madeira, que vai participar mais uma
vez no Salão Internacional de Invenções que decorre
em Genebra, em Abril, tem um sonho
grande: o de ver implementado a nível nacional a
sua mais recente invenção que precisou de um
ano de trabalho para estar finalizada.
Mas o que tem de inovador? É um terminal
(’data center’) através do qual as Finanças poderão
controlar, em tempo real, o que os comerciantes
(grande consumo e retalho) vendem. As
Finanças poderão saber que naquele estabelecimento
acabou de ser vendido um café e um bolo
por 1,60 euros ou uma refeição por 6,50 euros.É
a facturação ao minuto.Não há como fugir ao fisco,
assegura Manuel.
Talões premiados todos os dias
Mas esta invenção vai mais além. A ser implementada
a nível nacional, cada vez que faça uma
compra com este sistema, ser-lhe-á entregue um
talão e mesmo naqueles sítios emque ainda perguntam:
“quer factura?” a resposta passaria a ser
sempre“sim”.Por que no dia seguinte poderia verificar
num qualquer terminal disponível nas lojas,
restaurantes, cafés habituais, se esse talão estava ou não premiado.
Uma espécie de lotaria que
todos quereriam jogar e habilitar-se a ganhar um
prémio em valor. A atribuição deste prémio seria
por sorteio diário que ficaria a cargo das repartições de finanças e do próprio sistema.

Diário Económico
3 de fevereiro 2011

1 comentário:

  1. Olá Londreira,
    Assim que soube desta invenção achei magnifica, têm que a por em prática!Beijinhos

    ResponderEliminar